Hoje, dia de Nossa Senhora do Rosário, a civilização ocidental comemora os 450 anos da Batalha de Lepanto, onde Deus mais uma vez cumpriu a promessa: “et portae inferi non praevalebunt!” (As portas do inferno não prevalecerão! Mt 16, 18).
A Batalha de Lepanto é daqueles pontos-de-virada na História. Diz a velha máxima que o “se” não joga, mas é fácil reconhecer como toda a Civilização Ocidental esteve em jogo em Salamina (480 a.C.), Poitiers (732 d.C), Malta (1565 d.C.) e Lepanto (1571 d.C.). Para quem tem fé, també se reconhece como a Providência agiu em nosso favor. Se não fossem essas vitórias…

A vitória em Lepanto começou no esforço de diplomacia e piedade do Papa Pio V, que reuniu a Liga Santa que derrotaria as hordas muçulmanas. Ao lado do Papa e do Estado Pontifício lutaram: o império espanhol, as repúblicas de Veneza e Gênova, forças da Toscana e ordens de cavaleiros, como os de Malta.
Não fosse esse esforço, Lepanto teria tudo para ser mais um passo na tomada da Europa pelos turco-otomanos. No início de agosto de 1571, a armada otomana havia tomado a ilha de Chipre, num ataque violento e desproporcional: os relatos são de 10.000 mil cristãos contra uma armada com 100.000 muçulmanos. Com a baixa em 90% de suas forças, os comandantes cristãos renderam-se e, contrariando os termos da rendição, foram mortos com crueldade pelos vencedores.
Impressionado e preocupado com o avanço muçulmano, o Papa agiu. Vamos lembrar que a Europa vivia os conflitos entre estados, decorrentes da, ou influenciados pela, revolta protestante. Ou seja, a Igreja combatia em “dois fronts”.
No dia 07 de outubro de 1571, em frente à Lepanto, no golfo de Patras, Grécia, a armada católica comandada por D. João da Áustria repeliu a invasão turco-otomana da Europa. Por terem se consagrada antes da batalha à Nossa Senhora, confessando e rezando o rosário para lutarem em estado de graça, o Papa Pio V declarou o dia 07/10 como dia de “Nossa Senhora da Vitória”. Posteriormente, sendo adotado o título de dia de “Nossa Senhora do Rosário”.
Salve Maria!
